sábado, 24 de julho de 2010

As pedras do caminho


Às vezes eu vejo o caminho,
Mas não sei como andar por ele.
Às vezes eu vejo a direção,
Mas o medo de me aventurar no novo não permite que eu avance.
Possuo calos de outros caminhos que um dia trilhei
E minha bagagem esta repleta,
De boas e más lembranças,
No entanto não importa o caminho que eu vá
Nele sempre encontrarei pedras
De diferentes tamanhos,
De diferentes formas,
De diferentes cores...
Pedras estas que enfeitarão,
Que farão diferença na paisagem,
Ou que servirão de abrigo
Em dias de fortes tempestades,
Haverá aquelas que apenas estarão lá
Sem fazer a mínima diferença,
As que se movimentam
Conforme a força dos ventos ou da correnteza,
As que te servirá como ferramenta,
Aquelas que obstruirão o caminho,
E também aquelas que podem vir a ferir.
Há pedras por todas as partes,
Mas apenas as preciosas
Levamos para a vida toda.
Sou apenas um viajante em busca do seu tesouro,
Sem ganância,
Sem cobrança.
Sei que encontrar o “ouro dos tolos”
É inevitável,
E mesmo que a decepção da descoberta
(sendo sincera)
Fortemente me abale,
Inunde meus olhos,
Enquanto estes pés puderem seguir
Não descansarei,
E mesmo que a bagagem fique cada vez mais pesada
Não descansarei,
Porque é isso que resta,
A cada tropeço do caminho,
Levantar e seguir em frente,
E ao “ouro dos tolos” o que resta
E ficar pelo caminho.

“Nem tudo que brilha é ouro”,
Nem todo sorriso é verdadeiro...

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