sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mundo


Vejo que o mundo se destrói aos poucos
e o desespero das pessoas
que sobrevivem
se torna visível
nas faces cansadas
e nas lágrimas angustiantes.
Procurar colégios e ginásios é a solução
já que até no IML
não há mais vagas.
O que levou tempo a ser construído
hoje é devastado em poucos segundos.
O que hoje eram crianças
amanhã não serão adultos.
O animal homem,
agora,
diante de tudo,
se iguala aos outros na tentativa de apenas sobreviver,
brigando da maneira mais primitiva,
selvagem,
por um pouco de comida,
para quem sabe,
com os resquícios de vontade e esperança,
fortalecer o que não pode ser destruído
e reconstruir uma nova vida.

A todas as 400 pessoas que morreram na enchente do Rio de Janeiro e as que todos os dias ainda podem ser encontradas, sem ou com vida, reconstruir é o que resta.

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