quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cinza é o nome dela...


Hoje, revendo algumas coisas antigas que havia escrito, me deparei com algo que me deixou pensativa, minhas próprias palavras, um tanto quanto trêmulas, gravas em um papel que grita apenas um sentimento...

 
Hoje uma lágrima
percorre minha face...
Mas não choro por mim
nem por ti
choro pelos olhos dos outros
olhos estes que vêm
o rosa, o azul, o laranja...
e não vêm o roxo.
Olhos estes que condenam
a minha alma
antes mesmo de vê-la.
Olhos estes que friamente analisam e julgam
sem nem ao menos
parar para olhar...
Sinto raiva?
Não, nem um pouco...
Os condeno?
Tão menos...
Então porque choro?
De dor, misericórdia,
sofrimento,
por não ver coerência,
avistar motivos...
E pena
de ver que estes olhos
estão destinados
a ficarem presos pela eternidade
em um mundo
preto e branco.

Escrito em 20.12.07

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